Acordo obscuro e prejudicial
O PCP reafirma, num comunicado de dia 6 da Comissão Concelhia de Cascais, a sua oposição ao negócio entre a Câmara Municipal, a Universidade Católica e a empresa Luz Saúde, SA, envolvendo a construção de um edifício pelo município para aí funcionar uma futura faculdade de medicina daquela instituição privada. Segundo o protocolo entre a CMC e a UCP, a autarquia obriga-se a construir um edifício, «com as características e os acabamentos referidos (pela UCP), que será dado de arrendamento à UCP». Acontece que, segundo apurou o Grupo Parlamentar do PCP junto do ministro da Ciência, «não existe, à data, qualquer submissão pela Universidade Católica Portuguesa de pedido de acreditação de ciclo de estudos na área de medicina». Apesar disso, o Secretário de Estado da Saúde participou, em Fevereiro, numa sessão pública promovida pela Câmara na qual se anunciou a criação da faculdade de medicina privada. Caso a UCP não consiga obter a acreditação do curso de medicina até à data da conclusão do novo edifício, as partes «obrigam-se a negociar a possível afectação, total ou parcial, do mesmo a outros fins», lê-se ainda no protocolo, que o PCP contesta.