Saneamento financeiro
A Câmara de Évora fechou as contas de 2016 sem pagamentos em atraso, o que não acontecia há muitos anos, devido à aplicação do plano de saneamento financeiro. «É um dado histórico. Não sei se, pelo menos, nas últimas décadas alguma vez a Câmara esteve sem pagamentos em atraso», afirmou, em declarações à Lusa, Carlos Pinto de Sá, presidente da autarquia.
O eleito da CDU referiu que a Câmara cumpriu em 2016 «todos os compromissos e dívidas em atraso», em particular com as empresas do concelho, «dando um contributo importante para dinâmica da economia local e para as pequenas empresas de Évora». «Por outro lado, significa que o processo de reequilíbrio económico e financeiro que a Câmara encetou tem estado a dar resultados», destacou, considerando que foi atingida «uma meta absolutamente assinalável».
Carlos Pinto de Sá disse ainda que o município está «em condições de satisfazer os pagamentos dentro dos prazos que forem acordados com os fornecedores», notando que a autarquia «ganhou credibilidade» junto das empresas.
No dia 30, a autarquia informou que vai entregar sete antigas escolas primárias e um lavadouro público desactivado a associações e a juntas de freguesia do concelho. «Estes prédios estavam a degradar-se e alguns já estão degradados. Portanto, não era aceitável que essa situação continuasse», esclareceu Carlos Pinto de Sá, indicando que os serviços da Câmara realizaram um levantamento dos imóveis municipais devolutos e referindo que foi identificado «um número significativo» de prédios nestas condições.
Neste lote de edifícios a entregar, adiantou, estão as antigas escolas primárias do Paço da Quinta, São Jordão, Boa-Fé, Moinho do Mau Cabelo, São Marcos da Abóbora, São Vicente de Valongo e das Pombas e o antigo Lavadouro Público da Boa-Fé.