Pelo menos dez mil civis pereceram em menos de dois anos de guerra no Iémen. Cerca de 40 mil outros ficaram feridos no mesmo período, alertou, segunda-feira, 16, o Serviço para a Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas no país. A estimativa das vítimas baseia-se nos registos das unidades de saúde, pelo que o número real pode ser bem maior, afirma a estrutura da ONU.
Uma coligação de países árabes liderada pela Arábia Saudita iniciou, em Março de 2015, uma campanha militar contra uma das facções iemenitas que disputa o poder. No decurso da agressão, os sauditas, que gozam do apoio diplomático e logístico dos EUA na iniciativa, têm sido acusados de diversos crimes, entre os quais ataques aéreos indiscriminados e uso de armamento proibido, caso das bombas de fragmentação.
No dia 11, a UNICEF divulgou que ao menos 1400 crianças foram mortas no conflito que opõe as milícias hutis e as forças pró-sauditas. Mais de 2140 menores, segundo os cálculos oficiais, resultaram feridos e duas mil escolas foram destruídas ou inutilizadas em todo o território.