2017 DE LUTA E CONFIANÇA
«Prosseguir a luta por um Portugal desenvolvido e soberano»
Na antevéspera da rotação de mais um ano, importa fazer uma recensão retrospectiva a alguns dos acontecimentos que marcaram 2016 e reafirmar linhas de acção para 2017.
No plano político, com a luta dos trabalhadores e do povo e a intervenção do PCP foi possível conseguir, prosseguir e consolidar avanços na defesa, reposição e conquista de direitos, nomeadamente nos orçamentos do Estado de 2016 e 2017, pese embora as limitações decorrentes dos constrangimentos externos e das opções do Governo do PS.
Registou-se a participação na importante batalha política que foram as eleições presidenciais de 2016; nas comemorações do Dia Internacional da Mulher, do Dia do Estudante e do Dia Nacional da Juventude; nas comemorações do 96.º aniversário do Partido e do 85.º aniversário do Avante! envolvendo uma campanha nacional de divulgação em curso; nas eleições legislativas da Região Autónoma dos Açores de que resultou o reforço eleitoral da CDU. Marcantes foram também as comemorações do 42.º aniversário da Revolução de Abril e do 40.º aniversário da Constituição da República Portuguesa. A realização da 40.ª edição da Festa do Avante! acompanhada da campanha nacional de fundos para a compra da Quinta do Cabo atingiu um grande êxito político. Merecem ainda destaque as campanhas «mais direitos, mais futuro, não à precariedade» e «emprego, direitos, produção, soberania» bem como as jornadas nacionais de propaganda e a acção de reforço do Partido de que foi um extraordinário passo o exigente processo de preparação e realização do XX Congresso do PCP. Levou-se a cabo diversas acções pelo alargamento da unidade e convergência com democratas e patriotas.
No plano da luta de massas foram realizadas inúmeras acções em diversas empresas, locais de trabalho e sectores em torno a acção reivindicativa e foram muitas as lutas das populações em defesa de direitos. Realizou-se o congresso da CGTP-IN, que foi um importante passo no reforço da organização sindical unitária dos trabalhadores.
No plano das instituições, em particular na Assembleia da República e no Parlamento Europeu, destacou-se pelo seu dinamismo a acção dos deputados do PCP na defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores, do povo e do País.
No próximo domingo iniciaremos o novo ano de 2017 e a luta vai continuar pelo aumento dos salários e pela fixação do salário mínimo nacional em 600 euros no início de 2017; em defesa dos direitos dos trabalhadores com a alteração dos aspectos gravosos da legislação laboral nomeadamente a revogação da caducidade da contratação colectiva e a reposição do princípio do tratamento mais favorável do trabalhador; contra a precariedade prosseguindo a campanha «mais direitos, mais futuro, não à precariedade». Participaremos nas comemorações do Dia Internacional da Mulher (8 de Março), do Dia do Estudante e do Dia Nacional da Juventude (respectivamente 24 e 28 de Março) e do 25 de Abril. Realizaremos uma campanha em torno da libertação da submissão ao euro entre Janeiro e Junho de 2017 que, em articulação com a exigência de renegociação da dívida e da recuperação do controlo público da banca, esclareça sobre a insustentabilidade dos constrangimentos e imposições da UE e mobilize vários sectores da sociedade para a necessidade e possibilidade da libertação da submissão ao euro, pela produção, o emprego e a soberania nacional. A preparação do 1.º de Maio nas empresas e locais de trabalho procurará fazer desta data uma poderosa afirmação da luta dos trabalhadores e do povo na defesa, reposição e conquista de direitos, integrada no quadro mais geral da luta pela ruptura com a política de direita e pela concretização de uma política patriótica e de esquerda. Realizaremos as comemorações do centenário da Revolução de Outubro sob o lema «centenário da Revolução de Outubro – socialismo, exigência da actualidade e do futuro» ao longo de 2017. Nos dias 1 e 2 de Abril realizar-se-á o 11.º Congresso da JCP e, nos dias 1, 2 e 3 de Setembro, a 41.ª edição da Festa do Avante!. Prosseguirá a luta pela ruptura e alternativa indissociáveis do reforço da CDU nas eleições para as autarquias locais de 2017, exigente batalha política que, articulada com a luta de massas como factor determinante e decisivo, contribuirá para a necessária e urgente alternativa.
Impõe-se, por isso, tomar a iniciativa e desenvolvendo uma intensa acção, articular e aproveitar todas as possibilidades de levar mais longe a defesa, reposição e conquista de direitos, com o objectivo essencial da concretização de uma alternativa patriótica e de esquerda. Tais objectivos só serão concretizáveis pela intensificação a luta dos trabalhadores e do povo, pelo fortalecimento das organizações unitárias de massas e do trabalho político unitário, pelo alargamento da unidade e convergência de democratas e patriotas, pela iniciativa e reforço do Partido.
Como sublinhou o Comité Central, na sua reunião de 17 de Dezembro, «o PCP, força portadora da política alternativa necessária a um Portugal com futuro, reafirma o compromisso com os trabalhadores e o povo, com todos os democratas e patriotas, de agir e lutar para que finalmente seja possível romper com a exploração, o empobrecimento, o declínio e a dependência e alcançar um Portugal desenvolvido e soberano». Com a luta dos trabalhadores e do povo e a intervenção do PCP, 2017 será mais um ano de iniciativa, acção e reforço do Partido e de confiança no futuro.