Militarização
A Polícia Marítima está a sofrer uma «militarização crescente», o que levou o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público e a Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima a manifestarem-se «preocupados». «Num momento em que se avista uma importante reforma dos quadros da GNR, assiste-se a uma inversão de paradigma no que respeita à Polícia Marítima», afirmam num comunicado conjunto, de dia 24, as direcções do SMMP e da ASPPM, defendendo que «há que separar claramente as áreas próprias da Defesa e aquelas que dizem respeito à Justiça, como é o caso da investigação criminal». Alertam que «a falta de separação da Polícia Marítima relativamente às Forças Armadas inculca profundas preocupações no domínio da reserva da investigação criminal e das informações policiais, no quadro da segurança interna e europeia». Neste quadro, «há que definir mecanismos legais que garantam que a informação criminal se destina ao seu fim próprio e não a outros, sob pena de perda de confiança nas instituições».