No dia 4, a Câmara do Porto analisou uma proposta da Coligação Rui Moreira/CDS/PS que visa implementar um novo aumento das tarifas de resíduos sólidos.

Em 2015 os portuenses (serviço doméstico) pagavam 1,25 euros de tarifa fixa, a que acrescia uma tarifa de 0,34 euros por cada metro cúbico de água consumida. No final desse ano as tarifas aumentaram para 1,30 e 0,40 euros respectivamente, o que correspondeu a aumentos percentuais de 11,2 por cento e 17,6 por cento.

Com a proposta apresentada, que será objecto de discussão pública, a tarifa fixa passará para 1,45 euros, o que corresponde a mais um aumento de 4,3 por cento. Assim, e em menos de um ano, a tarifa de resíduos sólidos terá um aumento de 15,5 por cento na tarifa fixa e de 17,6 por cento na tarifa variável, valores completamente inaceitáveis para a CDU, tendo em conta os índices de inflação registados nos últimos anos.

«Esta proposta de aumentos é a demonstração cabal de que a opção pela privatização da recolha de resíduos sólidos na cidade do Porto constitui um negócio ruinoso para os cofres do município que, agora e pela mão da coligação Rui Moreira/CDS/PS, se vai repercutir no bolso dos portuenses», acusa, em nota de imprensa, a CDU, que apela aos portuenses para terem uma participação activa no processo de discussão pública da alteração regulamentar que consagra mais este aumento de impostos.

Também a privatização do estacionamento na via pública, decidida pela maioria Rui Moreira/CDS/PS, com o apoio do PSD, tem vindo a originar um amplo desagrado a quem vive e trabalha na cidade do Porto.