O problema da delimitação entre terroristas e «oposição moderada» na Síria ainda não está resolvido, declarou o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguéi Lavrov.

«É inadmissível que na Síria triunfem grupos terroristas», afirmou Lavrov, na segunda-feira, 15, após reunir-se em Ekaterimburgo com o seu homólogo alemão, Frank-Walter Steinmeier.

O governante russo insistiu na necessidade de distinguir entre a oposição moderada e o «Estado Islâmico» ou a «Frente al Nusra», que mudou de nome «mas não de essência». É também preocupante, segundo Lavrov, que «grupos da chamada oposição moderada estejam a coordenar cada vez mais acções com esses terroristas».

Segundo o chefe da diplomacia russa, citado pela agência RIA Novosti, Moscovo «espera que, com o Ocidente e países da região, se consiga aliviar a situação da população civil de Alepo», cidade onde se trava há semanas uma feroz batalha, considerada decisiva para o desfecho da guerra.

Nesta guerra de agressão contra o regime de Damasco, de um lado estão as forças armadas da Síria, apoiadas pela Rússia, pelo Irão e pelas milícias libanesas do Hezbollah; e, do outro lado, grupos da «oposição moderada» e bandos terroristas, uns e outros armados e financiados pelos Estados Unidos e aliados ocidentais, Arábia Saudita e, até agora, Turquia.

Lavrov manifestou ainda preocupação por a ajuda humanitária em Alepo. Explicou que a situação na cidade «muda constantemente» e «há um risco muito grande», devido às condições meteorológicas e aos combates, de que não seja possível entregar as ajudas humanitárias aos destinatários e que elas «caiam nas mãos dos terroristas, fortalecendo as suas posições».