Velha «modernidade»
Num comunicado da Organização Regional de Lisboa dirigido aos trabalhadores da Fidelidade Assistência, o PCP denuncia a «modernidade que cheira a mofo», a propósito da generalização da precariedade e do aumento da exploração verificados na empresa, beneficiando das alterações negativas introduzidas na legislação laboral, nas últimas décadas, por PS, PSD e CDS. Em grande destaque nesse comunicado está o valor dos lucros alcançados pela empresa em 2015, a rondar os oito milhões de euros, que corresponderiam a qualquer coisa como 53 mil euros anuais por trabalhador. Este valor encontra-se muito distante daquele que é pago aos trabalhadores da empresa, cada vez mais sujeitos a salários baixos e a trabalhos de enorme desgaste físico e mental: «Chegamos ao absurdo de as necessidades fisiológicas ou de descanso, após o atendimento e tratamento de várias chamadas, muitas delas desgastantes, serem um obstáculo a uma avaliação de desempenho positiva, obrigando muitas vezes a roubar tempo ao período de refeição para recuperar o tempo em linha “perdido”.»