Sinaga
Greve em Agosto ao trabalho suplementar decidiram fazer os trabalhadores da fábrica de açúcar Sinaga, em Ponta Delgada. Num plenário realizado a 29 de Julho, foi também decidido avançar para tribunal, de modo a exigir o pagamento das horas extra conforme o valor praticado no sector privado. «Os trabalhadores ora são considerados do sector público, ora são considerados do sector privado, sempre de maneira a serem prejudicados», acusou o coordenador regional dos Açores da CGTP-IN, em declarações à agência Lusa. Vítor Silva, explicando as decisões do plenário, disse que o pessoal da Sinaga (adquirida pelo Governo regional há seis anos) sofre cortes no pagamento das horas extraordinárias, semelhantes aos da Função Pública, mas noutras matérias, como os dias de férias ou o horário de trabalho semanal, são aplicadas as regras do sector privado, menos favoráveis.
O dirigente alertou para a intenção da empresa de colocar num acordo colectivo a retirada de direitos e valorizou o facto de os 35 trabalhadores que estiveram no plenário terem decidido «dar a cara» e concentrar-se à porta da fábrica. A Intersindical vai colocar este problema ao Governo regional, ao movimento associativo agrícola e empresarial e aos partidos políticos, no quadro das próximas eleições regionais.