Num plenário realizado dia 9, na fábrica em Mem Martins (Sintra), os trabalhadores da Panrico reafirmaram a participação na greve marcada para o dia seguinte e decidiram levar a cabo uma concentração frente a esta unidade fabril, no dia 29 de Junho, para exigirem que a empresa volte a cumprir o contrato colectivo de trabalho no que respeita ao pagamento da laboração em dias feriados.
A multinacional – de origem espanhola, actualmente propriedade do fundo norte-americano Oaktree e com a venda à Bimbo mexicana a aguardar um parecer da Concorrência – mantém a redução do acréscimo por trabalho prestado em dia feriado, que foi permitida pela revisão do Código do Trabalho e legislação posterior entre 1 de Agosto de 2012 e 31 de Dezembro de 2014.
Um dirigente do Sintab/CGTP-IN e trabalhador da Panrico explicou à agência Lusa que a empresa alega que tem autorização para laboração contínua, mas esta vem de 1992 e, até 2012, o trabalho nos feriados sempre foi pago a 200 por cento, e não a 50 por cento. Tiago Cardoso lembrou que foi convocada greve para todos os feriados e revelou que, para o dia 10 de Junho, o sindicato e os trabalhadores iriam tomar medidas para travar e denunciar a substituição de pessoal em greve, que tem sido praticada pela administração, em greves anteriores.