Iémen
Graves violações contra crianças cometidas pela Arábia Saudita na campanha militar no Iémen colocaram a coligação liderada por Riade na lista negra de países e organizações envolvidos no recrutamento, detenção e violência sexual contra menores, responsáveis pela morte de crianças, bem como por ataques a hospitais e ataques e ameaças contra pessoal protegido.
A introdução da força agressora liderada pela Arábia Saudita no relatório elaborado pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moo – no qual figuram vários países em que ocorrem conflitos e organizações e grupos que neles actuam –, foi justificada pelo facto de a ONU considerar que as operações sauditas são responsáveis por pelo menos 60 por cento das mortes de crianças registadas oficialmente desde o início da ofensiva, em Março de 2015. Os rebeldes Houti já figuram no citado documento há cinco anos.
De acordo com as Nações Unidas, desde o início da agressão saudita, cerca de 4300 iemenitas morreram em resultado directo dos combates terrestres ou de bombardeamentos aéreos, metade dos quais civis. Os dados divulgados pelos Houtis e por organizações de defesa dos direitos humanos são menos conservadores, apontando para mais de nove mil vítimas.