O presidente Nicolás Maduro apelou esta segunda-feira, numa reunião com os militares das forças de reserva, à mobilização contra o «intervencionismo» da Organização dos Estados Americanos (OEA) na Venezuela. Para ontem estava marcada uma primeira manifestação em Caracas, sobretudo de jovens, «contra a intervenção deste vice-ministério das colónias que é a OEA», nas palavras do porta-voz do Partido Socialista Unido, Jorge Rodríguez. A marcha da juventude coincide com o final do Encontro Internacional da Juventude Trabalhadora em apoio da revolução bolivariana, a decorrer na capital.

A iniciativa surge na sequência da decisão da Argentina, que actualmente preside ao Conselho Permanente da OEA, de convocar para 1 de Junho uma reunião da organização para tratar da situação na Venezuela. O governo bolivariano sempre rejeitou debater os assuntos internos do país no seio daquela organização, mas a Assembleia Nacional da Venezuela, onde a oposição está em maioria, pediu formalmente a activação da «Carta Democrática da OEA», de forma a tentar «legitimar» a ingerência externa.