Greve geral na Colômbia

Firmeza contra Santos

Mais de dois milhões de colombianos mobilizaram-se, dia 17, em todo o país contra a política neoliberal de Juan Manuel Santos. Os organizadores da greve apresentaram ao governo um caderno reivindicativo.

Milhões de colombianos disseram «não» às políticas de Santos

A Central Unitária de Trabalhadores (CUT) afirma, em nota publicada no seu portal, que as mobilizações de quinta-feira passada foram as maiores dos últimos 15 anos na Colômbia, com uma ampla expressão nas capitais departamentais e em mais de cem municípios.
As «gigantescas mobilizações», convocadas por diversas centrais sindicais e organizações sociais, foram a expressão do «compromisso com a paz» e «da inconformidade e do repúdio pela política económica e social do governo, bem como da exigência de soluções para os 15 pontos» do caderno reivindicativo apresentado ao governo, afirma ainda a CUT.
Antes da jornada de luta nacional – em que participaram estudantes, camponeses, reformados, artistas, profissionais da saúde, da educação, dos transportes, representantes sindicais, deputados, membros da Marcha Patriótica e do Congresso dos Povos, de organizações como o Pólo Democrático Alternativo, a Aliança Verde e o Partido Comunista Colombiano –, os coordenadores entregaram ao governo um documento com diversas reivindicações, que esperam ver debatidas numa mesa de negociação que inclua o presidente da República, Juan Manuel Santos, revelou Alberto Vargas, dirigente da CUT, à Prensa Latina.

Uma outra política

Entre as exigências plasmadas no documento, contam-se: medidas de emergência para a comunidade indígena Wayú, afectada pela seca e a fome; redução do preço do combustível, das tarifas de electricidade e das portagens; diminuição do custo de vida e aumento dos salários e dos subsídios de transportes; promoção do emprego com condições de trabalho dignas e protecção do direito ao trabalho; defesa do sector público, aumento das verbas orçamentais para a Saúde e a Educação e não privatização destes sectores; avaliação e revisão dos tratados de livre comércio e defesa da produção nacional; ordenamento territorial tendo como base a protecção do meio ambiente e a defesa da água como direito fundamental; fortalecimento do regime de apoios aos pensionistas; defesa da terra para a produção agropecuária dos camponeses; diminuição das taxas de juro, fim da especulação financeira e protecção do sector cooperativo; garantias dos direitos humanos, das liberdades sindicais e não criminalização do protesto; política pública de luta contra a corrupção.

 



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