Uma greve está a ser equacionada na fábrica da Peugeot-Citroën, em Mangualde, revelou, faz hoje uma semana, o coordenador da Comissão de Trabalhadores. Jorge Abreu denunciou que a empresa pretende que os trabalhadores aceitem retrocessos nos direitos laborais a troco de um prémio de 125 euros brutos, proposta que, sublinhou, foi levada a plenário e rejeitada por maioria em sufrágio realizado por voto secreto.
Em causa está uma nova desregulação do horário de trabalho numa unidade em que o banco de horas tem vindo a fazer proliferar a precariedade e o desfasamento entre a vida familiar e laboral.
Jorge Abreu, ouvido pela Lusa, adiantou ainda que os trabalhadores estavam a ser chamados para reuniões individuais, numa clara acção de intimidação. O representante laboral realçou, também, que nada fazia prever a situação, uma vez que aqueles aceitaram negociar admitindo a boa-fé da administração da PSA em cumprir a promessa de recompensar os trabalhadores aquando da retoma do sector.