Cheias evitáveis
Numa nota emitida pela Comissão Concelhia de Coimbra, o PCP garante que as cheias que, no passado dia 11, provocaram danos consideráveis em várias zonas da cidade, não só podiam ter sido evitadas como, em grande medida, se devem ao processo de privatização da EDP. Foi a rápida subida do nível das águas do Rio Mondego, provocada pelo enorme aumento de caudal da Barragem da Aguieira, que provocou as cheias, reconheceu o PCP, denunciando que os avisos aos municípios e aos munícipes não só tardaram como não transmitiam a verdadeira dimensão do problema que se avizinhava. Assim, acusa o Partido, «os prejuízos revelaram-se enormes para autarquias, moradores, concessionários e trabalhadores de empresas instaladas nas margens do rio»; no caso do Mosteiro de Santa Clara, não só é já conhecido um prejuízo superior a 450 mil euros, como há ainda razões para temer outros «danos irreversíveis no Património Nacional». Situações como esta, realça a Comissão Concelhia de Coimbra, comprovam que o funcionamento da EDP, «orientado para a obtenção do máximo lucro, é contrário aos interesses do País», subvertendo o objectivo de uma empresa que deveria, em primeiro lugar, pugnar pela protecção das populações.