Os vereadores do PCP apresentaram numa reunião pública recente da Câmara Municipal de Lisboa uma moção em defesa dos serviços públicos de água, saneamento e gestão de resíduos. O documento foi votado por pontos, por proposta da maioria PS que se colocou ao lado do PSD e do CDS em duas questões que, para os comunistas, são «fundamentais para impedir uma estratégia de substituição do serviço público pelo privado, do acesso público e universal pelo lucro, do cidadão com direitos pelo cidadão pagador», denunciam os vereadores em comunicado: PS, PSD e CDS rejeitaram, assim, o ponto que apontava para o apoio a «todas as acções para reverter o processo de privatização da EGF/Valorsul» e outro que exigia ao poder político autárquico a reafirmação da «rejeição da privatização da EGF» e a «recusa em aderir ao sistema de Águas de Lisboa e Vale do Tejo». Os vereadores comunista lembram que a posição assumida pelos eleitos do PS na CML contraria posições tomadas pelos eleitos do mesmo partido noutros municípios da Área Metropolitana de Lisboa, como Loures e Odivelas, e mesmo votações anteriores em Lisboa sobre o mesmo assunto.