Linhas de actuação divulgadas no Funchal

«É tempo de virar a página»

Edgar Silva esteve no dia 28 de Outubro no Funchal, numa sessão pública onde defendeu que uma «estratégia de defesa da Autonomia terá que garantir a inversão da actual dependência económica, o alargamento do mercado interno, o desenvolvimento dos sectores produtivos e o aumento da produtividade».

Falando no anfiteatro do Colégio dos Jesuítas, na Reitoria da Universidade da Madeira, em sessão dirigida por Nicolau Fernandez, jornalista e membro da Comissão de Apoio da Candidatura na Região Autónoma da Madeira, e que contou com a presença de Jorge Cordeiro, dos organismos executivos do PCP, Edgar Silva começou por valorizar a «força simbólica e especial alcance político» da iniciativa que ali reuniu cerca de 150 pessoas, na cidade do Funchal, realçando o facto de a sua candidatura ser um «vasto lugar de convergência de homens e mulheres com força para novas batalhas», gente que sente que «é tempo de virar a página da História» e que «quer um novo rumo para Portugal».

Dadas a conhecer pelo candidato apoiado pelo PCP, perante uma plateia onde estavam diversos dirigentes sindicais, bem como elementos de vários quadrantes políticos, nomeadamente ligados ao PS, MPT e ex-PND, para além de muitos independentes, foram as «grandes linhas de actuação» que propõe aos portugueses e às portuguesas, no quadro dos princípios e valores subjacentes à sua candidatura.

Desde logo a luta pela «justiça social e pelo desenvolvimento». Entendendo que o «País não pode continuar a ser marcado por tamanhas desigualdades sociais e territoriais», considerou que «é possível, e é urgente, promover o crescimento económico e o desenvolvimento», encontrar «novos caminhos, projectos e políticas alternativas para um novo rumo de desenvolvimento, em conformidade com os vectores basilares incorporados no texto constitucional».

Novo rumo

«Mais e melhor democracia», defendeu ainda Edgar Silva, como alternativa ao actual estado da democracia, que diz estar «descaracterizada e condicionada por vícios letais, como a corrupção, o clientelismo, as desigualdades perante a lei, as manipulações da informação, a violação de direitos sociais elementares e a intensificação da exploração».

Daí o seu compromisso – e este é o segundo eixo de actuação da candidatura de Edgar Silva – de que estará sempre «do lado da defesa da Liberdade e da Democracia, sempre com a defesa dos direitos, liberdades e garantias constitucionalmente consagrados», empenhado na «salvaguarda da “Constituição Laboral”, estruturante do regime democrático e do desenvolvimento económico e social do País».

Falando da promoção da independência nacional – terceiro vector da linha de actuação da candidatura –, Edgar Silva referiu que Portugal «não pode continuar a ser expropriado do seu poder soberano de decisão sobre as questões essenciais da vida do País», defendendo por isso a «recuperação do direito à autodeterminação, para recuperar para Portugal os instrumentos de soberania necessários ao progresso e ao desenvolvimento do País».

O candidato do PCP, que é natural da Madeira, afirmou, por outro lado, que, como Presidente da República, será «o garante das autonomias», «o garante da solidariedade do Estado Português para com as regiões autónomas».

«De pouco servem determinadas declarações balofas e cheias de floreados sobre prerrogativas autonómicas se, na prática, continua o esbulho de importantes recursos regionais transferidos para a especulação e para o sistema financeiro; se persiste a concentração da riqueza à custa do roubo dos salários, pensões e reformas e do empobrecimento generalizado do povo; se se intensifica a terraplanagem dos direitos sociais e laborais com o aumento da exploração; se continua a destruição de serviços públicos e a negação do acesso da população a questões essenciais como a Educação, a Saúde e a Justiça; se a Região desbarata empresas e sectores estratégicos; se a Região cada vez menos produz», destacou, sustentando que as «aspirações autonómicas e o movimento autonomista ganham sentido enquanto capazes de gerar um desenvolvimento económico e uma política social que garantam a melhoria das condições de vida de quem vive nestas ilhas distantes».

 



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