Organizar a resistência a medidas antipopulares que estão a ser preparadas a pretexto da bancarrota em que se encontra Porto Rico foi o objectivo da assembleia realizada sábado, 31 de Outubro. Na reunião participaram cerca de 25 organizações sindicais, políticas e sociais portoriquenhas, as quais aprovaram uma declaração conjunta de oposição à privatização/concessão de empresas e serviços públicos, à ofensiva contra direitos laborais e sociais e ao empobrecimento dos trabalhadores e das camadas sociais desfavorecidas.

Da iniciativa saiu, igualmente, a exigência de alteração do modelo económico e social vigente, assente na exploração da mão-de-obra-barata e no investimento em infra-estruturas em benefício do investimento estrangeiro, matriz que, denunciaram, está na base da acumulação de uma dívida soberana na ordem dos 72 mil milhões de dólares, considerada impagável pelos participantes.

Simultaneamente, em Nova Iorque, representantes do protectorado norte-americano no Caribe procuram renegociar a dívida com os credores sem que uma auditoria à legitimidade das suas componentes tenha sido realizada, acusam, entre outros, membros do partido do actual governador, Alejandro García Padilla.