«Não nos renderemos, não desistiremos, continuaremos a lutar. Podem destruir as nossas casas e universidades, podem arrancar as árvores, mas não destruirão o espírito de luta». A garantia foi deixada por Maher Eltaher, da Frente Popular de Libertação da Palestina, durante um debate sob o tema «Não à agressão imperialista. Solidariedade com os povos do Médio Oriente», no domingo, na Festa do Avante!.
Participaram também Ângelo Alves, da Comissão Política do PCP, e Jamil Saleh, do Partido Comunista Libanês. O Partido Comunista Sírio não pôde enviar um representante devido à situação de guerra no país, mas mandou uma mensagem. Na assistência, junto ao Palco Solidariedade, estiveram dirigentes de outras três organizações palestinianas, além da FPLP: a Fatah, a FDLP e o Partido do Povo.
Na sua intervenção, Eltaher denunciou a «ofensiva total» do imperialismo no Médio Oriente, visando «controlar o petróleo, proteger o Estado racista de Israel, aniquilar a causa palestiniana». Afirmou que «o terrorismo islâmico é uma fabricação do imperialismo norte-americano». Recordou que os imperialistas destruíram o Iraque e a Líbia e estão a destruir a Síria e o Iémen. E prometeu que, apesar dos inimagináveis crimes cometidos na Palestina ocupada, os palestinianos continuarão a lutar pelos direitos nacionais e pelo regresso à sua terra dos milhões de refugiados.
A intervenção de Jamil Saleh, do PC Libanês, reforçou a denúncia dos planos do imperialismo para dominar os recursos do Médio Oriente – o petróleo e o gás, mas também a água e a terra. E confirmou que o terrorismo «islâmico» é «apoiado pelo dinheiro saudita e do Qatar, com o Pentágono e a NATO por detrás».
Ângelo Alves chamou a atenção para aspectos da estratégia imperialista no Médio Oriente: os conflitos permanentes, a criação de estados confessionais, o financiamento de grupos terroristas; a tentativa de destruição da Síria, provocando o êxodo de centenas de milhares de refugiados. Para o dirigente do PCP, a Palestina é a questão central do Médio Oriente e não haverá paz enquanto não forem reconhecidos os direitos nacionais do povo palestiniano.