Equador
O presidente do Equador, Rafael Correa, voltou a alertar, no dia 17, para a campanha que está a ser desenvolvida contra o seu governo para impedir a tomada de medidas de alcance social. «Enfrentamos a chantagem dos que nos querem tirar a capacidade de governar (…), não é uma oposição democrática mas sim um boicote (…) de grupos que recorrem à força, apelam à violência», afirmou o presidente, sublinhando que esta é uma estratégia que se repete na Argentina, Brasil e Venezuela, não por acaso mas sim como uma táctica continental para travar os processos de mudança em curso na América Latina. Correa referia-se aos apelos à violência registados nas marchas de 8 de Junho contra a intenção do governo de taxar as heranças e as mais-valias. Os projectos legislativos foram temporariamente suspensos, mas os protestos continuam. Recorde-se que no país os 10 por cento mais pobres dispõem 22 vezes menos do que os 10 por cento mais ricos, proporção que era de 42 vezes em 2007, quando a Revolução Cidadã chegou ao poder.