No sábado, 11, durante um almoço da CDU na Freguesia de Avões, Lamego, que contou com a presença de Jerónimo de Sousa, foi apresentado publicamente Francisco Almeida, primeiro candidato da Coligação PCP-PEV pelo círculo eleitoral de Viseu.
As gentes daquela Freguesia receberam o Secretário-geral do PCP, assim como a caravana da CDU, com bombos e foguetes, numa demonstração de carinho e apoio, que se estendeu ao interior da Associação Desportiva de Avões, onde mais de 200 pessoas, numa sala a «rebentar pelas costuras», afirmaram a sua confiança num bom resultado eleitoral da CDU.
Depois de uma bela refeição, servida com empenho pelos dirigentes da Associação, tiveram lugar as intervenções políticas.
Francisco Almeida denunciou a destruição, por parte dos últimos governos, dos serviços públicos no distrito, bem como o encerramento de valências e do número de camas no Hospital de Lamego; falou do sucessivo adiamento da criação da Universidade Pública de Viseu; da devastação da agricultura e da entrega da Casa do Douro à CAP e às casas exportadoras, em prejuízo dos milhares de pequenos vitivinicultores.
O candidato criticou ainda a falta de apoio financeiro às adegas cooperativas, ao invés do apoio incessante do Governo à banca e à especulação financeira; denunciou a introdução de portagens na A24 e na A25, que oneram as pequenas empresas e as populações devido ao seu elevado custo; e condenou a falta de apoio ao rico e diversificado património natural e cultural do distrito.
Na sua intervenção, Francisco Almeida valorizou a proposta apresentada pelo PCP de ligação ferroviária de Viseu à Linha da Beira Alta e lembrou que, mesmo sem deputados eleitos por aquele círculo, os grupos parlamentares do PCP e do PEV mantiveram uma ligação permanente aos problemas da região. «O distrito de Viseu precisa de eleger um deputado da CDU, para ter uma voz de compromisso com os interesses do distrito em permanência na Assembleia da República», afirmou.
Mudança
Por seu lado, Jerónimo de Sousa desmontou diversas mentiras apregoadas pelos governos do PSD/CDS e do PS, tendo evidenciado o facto de terem sido aqueles partidos a chamar a troika para intervir em Portugal. Denunciou, de igual forma, o «martelanço» das sondagens, num esforço para criar uma bipolarização artificial, levando ao medo na mudança, para que apenas se mude para o mal menor, para a alternância, ao invés da alternativa, como a CDU propõe.
O Secretário-geral do PCP mencionou ainda a necessidade do reforço da soberania nacional, tendo sublinhado que uma alternativa patriótica e de esquerda passa pela renegociação da dívida nos seus prazos, juros e montantes.
Por último, afirmou a necessidade do apoio de todos na batalha de esclarecimento, no ganhar de cada vizinho, de cada amigo ou familiar para o voto na CDU, destacando a importância do distrito de Viseu.