O Grupo Parlamentar do PCP entregou duas perguntas, dirigidas aos ministérios dos Negócios Estrangeiros e do Ambiente, acerca da chamada «Parceria Portuguesa para a Água» (PPA), envolvendo a exploração dos recursos hídricos da Palestina por Israel, em violação do direito internacional. As perguntas, entregues no dia 8, coincidiam com a realização em Lisboa – no auditório da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos – de uma sessão da PPA (com o patrocínio da Embaixada de Israel) e, acaso ou não, com o primeiro aniversário do início da chamada «Operação Margem Protectora», que deixou atrás de si, na Faixa de Gaza, um «rasto de destruição e morte». Baseando-se numa tomada de posição do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), o Grupo Parlamentar comunista refere a exploração em benefício próprio, por parte de Israel, dos recursos hídricos da Palestina: «Israel apropria-se de 80 por cento da água do Aquífero da Montanha o que, adicionado à água obtida de outras fontes, permite que cada israelita, incluindo os habitantes dos colonatos ilegais, usufrua de uma média diária de 300 litros de água, que lhes permite o luxo de piscinas e jardins, enquanto aos palestinianos está reservada uma média de 70 litros diários para uso pessoal, doméstico e agrícola.»