Iémen
A Arábia Saudita está a usar bombas de fragmentação nos ataques aéreos contra território iemenita, acusa a Human Rights Watch (HRW). A organização denuncia, ainda, que um número crescente de civis tem sido atingido pelos bombardeamentos sauditas.
Os bombardeamentos da coligação de dez países liderada pela Arábia Saudita (todos não-signatários da convenção que proíbe o uso daquele tipo de munições), já provocaram, desde 26 de Março, cerca de dois mil mortos e mais de oito mil feridos, estima, por seu lado, a Organização Mundial de Saúde, que afirma que entre as vítimas estão centenas de mulheres e crianças.
Entretanto, a agência iraniana Fars noticiou, citando os rebeldes Huthis, que na embaixada saudita na capital do Iémen, Sanaa, foram encontradas armas de fabrico israelita e planos para a instalação de uma base militar dos EUA no estreito de Bab al-Mandeb.
O estreito é ponto de trânsito entre o Mar Vermelho e o Oceano Índico via Golfo de Áden, por onde passa uma percentagem significativa do comércio mundial.
Sobre as motivações da ofensiva, pronunciou-se, a semana passada, o deposto presidente do Iémen, Ali Saleh, que em entrevista a um canal árabe baseado em Beirute, Líbano, garantiu que Riade lhe ofereceu milhões de dólares para se tornar um seu aliado regional, evidenciando, assim, que em causa no conflito está o confronto da Arábia Saudita, aliada do imperialismo norte-americano, com o Irão.