«Altamente produtiva» porque resultou em avanços na possibilidade de abertura de representações diplomáticas de Cuba nos EUA e vice-versa – esta a apreciação da secretária de Estado dos EUA para a América Latina e chefe da delegação de Washington sobre a quarta ronda de diálogo com Havana, realizada nos dias 21 e 22 deste mês.

Mais factual e precisa no balanço, a chefe da delegação cubana, Josefina Vidal, considerou, por seu lado, que se continua a avançar no que às representações diplomáticas diz respeito, porém serão precisos mais encontros para afinar pormenores como «a conduta dos diplomatas em ambas».

Daí que «as delegações acordaram prosseguir o diálogo sobre aspectos relativos ao funcionamento das missões diplomáticas», explicou Vidal, citada pela Lusa.

Para além daquela matéria foram ainda abordados assuntos relacionados com a aviação civil, o tráfico de seres humanos, o combate à fraude e o trânsito marítimo, estando prevista para as próximas semanas nova reunião com temas como a troca de informações judiciais e criminais ou a cooperação em medicina e saúde, acrescentou a mesma fonte.

Antes das declarações de Josefina Vidal à imprensa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cuba sublinhou, em comunicado, que a mais recente ronda bilateral ocorreu depois de o governo norte-americano ter concedido licença a um banco para prestar serviços à Secção de Interesses cubana nos EUA.

O gabinete diplomático de Havana realçou, igualmente, que a delegação cubana vincou nos encontros a vontade de tratar temas substantivos como o fim do bloqueio à ilha, entre outros fundamentais para a normalização da relações entre Cuba e os EUA com base na reciprocidade, respeito e igualdade soberana.