Médicos exigem universalidade
Um relatório apresentado, dia 18, em Londres pela organização não governamental «Médicos do Mundo» revela dificuldades crescentes de diversa ordem no acesso a cuidados de saúde.
Os dados foram recolhidos em 2014, durante 22 171 consultas efectuadas em nove países europeus: Bélgica, Reino Unido, França, Alemanha, Grécia, Holanda, Espanha Suécia e Suíça.
Das pessoas atendidas, uma maioria de 62,9 por cento não tinha acedido a nenhum tipo de assistência médica. As razões mais frequentes prendem-se com a impossibilidade de pagar os cuidados (27,9%) e com impedimentos administrativos (22%).
Das mulheres grávidas examinadas, 54,2 por cento não tiveram cuidados pré-natais, enquanto apenas 34,5 por cento das crianças tinha recebido as vacinas básicas, por exemplo, contra a papeira ou o sarampo.
O relatório indica ainda que apenas três por cento dos imigrantes consultados vieram para a Europa por razões de saúde e que apenas nove por cento dos que sofrem de doenças crónicas conheciam o seu estado antes de viajar.
Face a esta realidade, a organização lançou um apelo «aos estados-membros e às instituições europeias para que garantam sistemas públicos de saúde universais baseados na solidariedade, igualdade e equidade».