Dos 28 profissionais de saúde do Hospital de Portimão que tiveram contacto não protegido com um utente com tuberculose activa, em Setembro de 2014, ficaram infectados cinco enfermeiros e dois assistentes operacionais. A informação foi avançada anteontem, Dia Internacional do Enfermeiro, pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que, em nota de imprensa, condena o facto de apenas se conhecer os resultados dos exames passados seis meses, contrariando as próprias orientações da Direcção-Geral de Saúde (DGS).
O SEP considera que o secretário de Estado Adjunto da Saúde, Leal Costa, que foi informado da situação em Fevereiro deste ano, em Comissão Parlamentar, «deveria ter tomado as devidas diligências para averiguar o que foi feito». Como sublinha o sindicato, «está em risco não só a saúde dos profissionais (só agora vão iniciar a medicação com a duração de seis meses), mas um possível contágio às suas famílias e aos doentes».
O sindicato – que reportou a situação à Inspecção Geral de Actividades em Saúde e à DGS – dá ainda conta de falta «de profissionais de saúde e de materiais (equipamento de protecção individual) nas instituições», assim como ausência de «consultas e de exames periódicos bianuais, de acordo com a Lei 102/2009», o que leva «a que os acidentes profissionais e doenças aumentem».