- Nº 2163 (2015/05/14)

Alarme em Portimão

Trabalhadores

Dos 28 profissionais de saúde do Hospital de Portimão que tiveram contacto não protegido com um utente com tuberculose activa, em Setembro de 2014, ficaram infectados cinco enfermeiros e dois assistentes operacionais. A informação foi avançada anteontem, Dia Internacional do Enfermeiro, pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que, em nota de imprensa, condena o facto de apenas se conhecer os resultados dos exames passados seis meses, contrariando as próprias orientações da Direcção-Geral de Saúde (DGS).

O SEP considera que o secretário de Estado Adjunto da Saúde, Leal Costa, que foi informado da situação em Fevereiro deste ano, em Comissão Parlamentar, «deveria ter tomado as devidas diligências para averiguar o que foi feito». Como sublinha o sindicato, «está em risco não só a saúde dos profissionais (só agora vão iniciar a medicação com a duração de seis meses), mas um possível contágio às suas famílias e aos doentes».

O sindicato – que reportou a situação à Inspecção Geral de Actividades em Saúde e à DGS – dá ainda conta de falta «de profissionais de saúde e de materiais (equipamento de protecção individual) nas instituições», assim como ausência de «consultas e de exames periódicos bianuais, de acordo com a Lei 102/2009», o que leva «a que os acidentes profissionais e doenças aumentem».