Abandonando a proposta eleitoral de concessão, a privados, do Mercado do Bolhão, no Porto, a autarquia anunciou, no dia 22, que vai proceder a uma intervenção de fundo neste património histórico da cidade, garantindo financiamento para este efeito a partir do orçamento municipal, sem prejuízo de candidaturas a financiamentos comunitários. Desta forma, o Mercado manter-se-á sob propriedade e gestão pública municipal, preservará os seus traços arquitectónicos e terá como principal vocação a venda de frescos.

No entanto, critica a Coligação PCP-PEV, «questões como as condições para a manutenção dos actuais comerciantes, os critérios para a selecção de eventuais novos comerciantes, os prazos para início e conclusão da obra e a solução para albergar os actuais comerciantes neste período, aspectos importantes para a ponderação desta proposta, ficaram por esclarecer com rigor».

Neste sentido, a CDU vai apresentar uma proposta de constituição, na Assembleia Municipal, de uma Comissão de Acompanhamento da requalificação e funcionamento futuro do Mercado, composta por todos os partidos representados neste órgão autárquico.