O PCP repudia a homenagem que a Câmara Municipal de Fafe decidiu prestar ao cardeal hondurenho Óscar Maradiaga, que foi um activo participante no golpe militar que, em 2009, depôs o presidente democraticamente eleito Manuel Zelaya e instaurou uma ditadura militar. Uma situação que, recorda o PCP, provocou mortes, atropelos dos direitos humanos e perseguição de jornalistas. Para os comunistas, o «percurso sinistro da personalidade que a Câmara de Fafe quer homenagear não começa aqui», pois já na década de 80 do século XX o seu nome surge associado a massacres perpetrados pelos militares contra a população civil. Ou seja, é «todo um percurso ao serviço dos interesses do imperialismo norte-americano na região, que se especializaram na ingerência nos assuntos internos dos países da região», tantas e tantas vezes recorrendo à força. Mantendo a crítica na esfera política, e não legal, o PCP realça que até pode nem ser ilegal homenagear fascistas, mas é seguramente perturbante.