Mulheres longe da igualdade real
Iguais perante a lei, as mulheres são mais atingidas do que os homens pelas chagas sociais em Portugal.
Segundo os últimos dados do INE, citados pela CGTP-IN a propósito das comemorações do 8 de Março, a taxa de desemprego oficial entre as mulheres é de 14,3 por cento (13,5% entre os homens).
Mas o desemprego real e a subocupação afectam 25,3 por cento da população activa feminina, ou seja, uma em cada quatro mulheres está desempregada ou subocupada, quando em 2011 esta percentagem era de 22,1 por cento.
A precariedade atinge 39 por cento das jovens até aos 35 anos, sendo que 63 por cento das trabalhadoras com menos de 25 anos têm vínculos não permanentes.
A desigualdade reflecte-se ainda nas remunerações, que, em média, são 17,5 por cento inferiores às dos homens, apesar de terem habilitações mais elevadas.
A percentagem de mulheres que ganha o salário mínimo nacional (17,5%) é praticamente o dobro da dos homens (9,4%).