«Praticamente um ano depois da transferência de trabalhadores e equipamentos para as Juntas de Freguesia, muitos problemas que denunciámos comprovam-se na prática», assinalou o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, que nesta terça-feira realizou um plenário, junto à Assembleia Municipal, e tomou depois a palavra, no período do público, na reunião do órgão deliberativo da cidade.
O STML/CGTP-IN denunciou uma deterioração «a níveis sem precedentes, degradando a vida dos trabalhadores, mas também a qualidade do serviço público prestado aos lisboetas». Os trabalhadores foram prejudicados financeiramente; há recurso abusivo a trabalho precário para resolver necessidades permanentes de funcionamento; a ameaça de externalização (privatização) ganha contornos reais; o acesso a equipamentos desportivos discrimina financeiramente os lisboetas, em função da zona de residência.
Por outro lado, não têm sido respeitados os direitos dos trabalhadores, nomeadamente no acesso à medicina no trabalho, no pagamento aos trabalhadores acidentados, na falta de condições de trabalho dignas (incluindo a inexistência de fardamentos e equipamentos de protecção individual), na organização do trabalho e dos horários, nos direitos sindicais.
Na Freguesia das Avenidas Novas, de presidência PSD, uma situação particularmente grave foi denunciada no dia 20, sexta-feira. Dezenas de trabalhadores reuniram-se em plenário, no posto de limpeza da Rua de São Sebastião da Pedreira, e deslocaram-se depois, em manifestação, até à sede da Junta, na Avenida de Berna.