GNR
Quatro militares foram sancionados por terem participado numa manifestação em 2012, denunciou a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR). As suspensões, instauradas por indicação do ex-ministro, Miguel Macedo, assinadas pela actual ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, e publicadas na quarta-feira, 11, em Diário da República, variam entre os 60 e os 70 dias.
Os militares foram acusados de violarem «os mais elementares princípios da ética militar e do próprio civismo e ética militar» ao desrespeitarem «o Governo, em geral, um membro do Governo, em particular», algo que deixou a APG/GNR «absolutamente perplexa, já que na ação em causa não foi cometido nenhum crime ou ilícito e estes profissionais, à semelhança de tantos outros que também estiveram presentes, apenas exerceram um direito de cidadania».
A APG/GNR acusa ainda os processos de estarem, «desde o início, imbuídos de ilegalidades que ofendem os direitos e dignidade dos profissionais». A tutela «tenta intimidar para impedir os militares de participarem em futuras acções de protesto», advertiu ainda o presidente da Associação, César Nogueira, também ele já alvo de processos e penas aplicadas pelo Ministério da Administração Interna, visando abafar o associativismo profissional e fazer dobrar os seus quadros mais destacados.