Segundo denunciou a Coligação PCP/PEV, a Câmara de Ponte de Lima entregou de «mão beijada» todas as captações de água à Águas do Noroeste, SA, do grupo Águas de Portugal, comprometendo-se, depois, a comprar, ao preço que a empresa quiser, essa mesma água para vender aos munícipes.

Através da «Proposta de Aprovação do Acordo, Contrato de Fornecimento de Água e o Contrato de Recolha de Efluentes a celebrar entre o município e a Águas do Noroeste, SA» e do «Auto de Entrega de Infra-estruturas de Abastecimento de Água, o Auto de Entrega de Infra-estruturas de Saneamento de Águas Residuais e o Contrato de Afectação de Captação Municipais», a autarquia, critica a CDU, «não só amplia o acordo de concessão que havia com a empresa Águas do Minho e Lima, SA», como «aceita imposições leoninas», nomeadamente «a entrega de todas as suas captações de água que permitiam que o município abastecesse os munícipes a custos relativamente baixos» e «a fixação de preços anuais muito elevados a pagar obrigatoriamente à empresa pela água, assim como para o efluentes – a que, cinicamente, chamam valores mínimos, mas que sempre serão pagos à empresa pela Câmara Municipal, mesmo que o valor consumido pelos limarenses seja inferior a esses consumos ditos mínimos».