O Manifesto em Defesa da Cultura vai promover no dia 2 de Maio, em Coimbra, um Encontro Nacional de Coordenação. A realização desta iniciativa foi decidida no dia 13 de Dezembro, em Lisboa, num outro Encontro Nacional onde foram abordadas as linhas de orientação política e linhas de acção geral para 2015, ano de eleições legislativas, e questões de organização do Manifesto.
Para este ano, o Manifesto promete centrar a sua acção no «combate sem tréguas à política de direita», na «denúncia de operações de charme que possam querer ocultar as pesadas responsabilidades que o PSD, o CDS, mas também o PS, têm na catástrofe que se abateu sobre a cultura», na «afirmação dos cinco eixos de uma política alternativa de esquerda para a cultura», na «mobilização e participação das forças da cultura neste combate» e no «reforço orgânico do movimento».
Três anos de luta
Nas conclusões do Encontro valoriza-se o facto de nos últimos três anos o movimento ter crescido, ampliado a sua acção e se ter estruturado, tendo estado presente «em todos os grandes momentos de luta do povo português contra a política de austeridade, em defesa dos seus direitos e da Constituição, pelo emprego, pelo desenvolvimento, pela justiça social, contra a destruição do País, da cultura e das vidas das pessoas».
O Manifesto desenvolveu, de igual forma, a sua acção contra o «desinvestimento e desresponsabilização do Estado na cultura», a «política mercantilista e privatizadora que tem orientado os governos do nosso País», o «desmantelamento do serviço público de cultura, que torna inoperacionais os serviços do Estado de apoio financeiro, administrativo e técnico às artes, ao património, à investigação e à dinamização cultural», a «política de direita que deixa em agonia o tecido cultural português e que destrói décadas de esforço e construção» e a «destruição do emprego na cultura e o trabalho com direitos».
O Manifesto lutou ainda «por uma política alternativa que ponha em prática as obrigações constitucionais que garantem o direito de todos à cultura», «pelo direito de todos à criação e à fruição», «em defesa do património histórico e artístico e em defesa do apoio incondicional à criação contemporânea, património do futuro», «pelo valor sem preço da cultura» e afirmou, «no debate político e na reivindicação de uma nova política para o País, a exigência de 1% para a cultura».
Em 2015