Vingança da direita
O PCP não participou na «sessão comemorativa» do 25 de Novembro realizada na Assembleia Legislativa Regional da Madeira por considerar que, 39 anos depois do golpe militar, se confirma «toda uma trajectória contra a Revolução do 25 de Abril de 1974, os seus valores e ideais progressistas». Para o Partido, a destruição das conquistas revolucionárias, a restauração do capitalismo monopolista e o sacrifício da independência nacional são contrários aos valores de Abril e aos interesses do povo e do País e inserem-se nos planos da classe dominante visando a «plena instauração, consolidação e reforço do seu poder». Este processo continua hoje pela mão do Governo PSD/CDS, afirma o PCP, para quem a política prosseguida traduz, «no fundamental e sem paralelismos simplistas, a tão desejada vingança da direita mais reaccionária contra os direitos sociais, políticos e económicos duramente conquistados» na Revolução de Abril.