OE contra os transportes
O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos considera que para além de agravar as desigualdades sociais, o empobrecimento do povo e do País, o Orçamento do Estado para 2015 visa prosseguir a destruição dos serviços públicos e liquidar as funções sociais do Estado. O MUSP dá como exemplos os processos de privatização em curso no sector dos transportes, no quadro dos quais o executivo PSD/CDS pretende alienar/concessionar a TAP, Carris, Metro de Lisboa e do Porto, e STCP, CP Carga e EMEF.
Quem beneficia são os grandes grupos económicos e financeiros, em prejuízo dos trabalhadores daquelas empresas de sectores estratégicos, da economia nacional e da populações, acusa o MUSP, que lembra que os utentes se têm mobilizado em defesa do direitos ao transporte público e à mobilidade, casos dos utentes de Sintra e Cascais que reclamam junto da Scotturb, de Odivelas por mais carreiras para o Hospital Beatriz Ângelo, ou de Santo António dos Cavaleiros (ver notícia abaixo).
O MUSP defende, por isso, uma mudança de política e considera fundamental que ela contenha: a defesa dos serviços públicos de transportes e a sua não privatização; a defesa do passe intermodal, o seu alargamento a outras zonas do País e a todos os operadores, e o alargamento das coroas metropolitanas; a articulação e coordenação entre vários meios de transporte e operadores; a abolição das portagens e a manutenção da condições de segurança nas vias rodoviárias, com realce para a melhoria dos pavimentos e sinalização vertical e horizontal.