Pobreza em Espanha
Quatro em cada dez famílias com filhos em Espanha tiveram dificuldades ou muitas dificuldades em chegar ao fim do mês durante o ano de 2013, revelou um estudo intitulado «O bem-estar da infância em Espanha», divulgado dia 8 pela agência Europa Press.
Baseado em dados do Instituto Nacional de Estatística, do Eurostat e da Comissão Europeia, entre outras fontes, o estudo mostra que as famílias monoparentais e as numerosas correm maior risco de pobreza.
Metade das monoparentais e 40 por cento das numerosas estavam em risco de pobreza em 2013, enquanto esta situação era vivida por 26,4 por cento das famílias formadas por dois adultos e dois filhos.
O estudo, realizado pela organização Educo, constata ainda que ter mais de dois filhos aumenta o risco de pobreza em 50 por cento.
O risco de pobreza infantil eleva-se a 29,9 por cento, percentagem superior ao nível relativo à população entre os 18 e os 64 anos (21,9%). Os adolescentes são o grupo «mais vulnerável ao risco de pobreza e exclusão social», assinala o relatório, notando que os direitos da infância têm vindo a degradar-se progressivamente desde 2007.
O factor chave da pobreza infantil reside no aumento do desemprego e da precariedade. A destruição de três milhões de postos de trabalho desde 2007 fez triplicar o número de famílias onde nenhum adulto trabalha, para um total de 943 mil em 2013.