O combate à política de direita e a alternativa proposta pelo PCP foram concretizados, no programa de debates, em dois temas tratados no Auditório.

No sábado à tarde, João Frazão, da Comissão Política do Comité Central do Partido, Fernando Sequeira, da Comissão para os Assuntos Económicos junto do CC, e Ângelo Alves, da Comissão Política do CC, falaram sobre «Pôr Portugal a produzir, afirmar a soberania nacional». Lembrando a posição coerente do Partido nesta matéria, com um primeiro registo documental em Julho de 1921, pouco depois da fundação do PCP, foi rejeitada a tese do País pobre e criticada a política de destruição da agricultura, das pescas e da indústria, em contraponto com a «descoberta» da produção nacional por parte daqueles que protagonizaram a sua destruição (caso de Cavaco Silva, que viu como Presidente da República potencialidades do mar, mas como primeiro-ministro promoveu a ruína das pescas e da indústria naval).

Na tarde de domingo, no debate sobre «A Constituição e o regime democrático», com António Filipe, do CC e deputado, Carlos Gonçalves, da Comissão Política do CC e José Neto, da Comissão junto do CC para os Assuntos Constitucionais, Justiça e Administração Interna, foram recordadas as revisões da Lei Fundamental, que marcaram fases do processo contra-revolucionário que ainda não chegou ao fim. A unidade de todos os que entendem que Portugal tem futuro com a Constituição de Abril e com o regime democrático nela inscrito é urgente, para fazer frente a um Governo que actua como se fossem os seus intentos que determinam os preceitos constitucionais, e não o contrário.