Alemanha discrimina imigrantes
O governo federal alemão aprovou, dia 27 de Agosto, um controverso pacote de medidas destinado a banir a chamada «imigração da pobreza».
O projecto, apresentado pelo ministro do Interior, Thomas de Maizière e pela titular do Trabalho, Andrea Nahles, estipula um prazo de seis meses para que os imigrantes oriundos da UE encontrem um trabalho na Alemanha. Caso não tenham êxito serão obrigados a abandonar o território alemão.
As autoridades também poderão expulsar e proibir o regresso ao país durante cinco anos dos imigrantes que tenham tentado defraudar o sistema de protecção social, solicitando nomeadamente abono de família para crianças que ficaram nos respectivos países.
A futura legislação é inspirada nas posições de Horst Seehofer, chefe do governo regional da Baviera, que várias vezes tem verberado contra os «perigosos turistas sociais», referindo-se aos cidadãos romenos e búlgaros que acederam à livre circulação desde Janeiro deste ano. «Não queremos uma imigração para nosso sistema de previdência social», declarou o político para justificar a campanha xenófoba lançada pela União Social-Cristã, parceiro dos democratas-cristãos de Angela Merkel.