Intensificar a luta de massas

A intensificação da luta de massas é, a par do reforço do Partido e do alargamento da unidade e convergência dos democratas e patriotas, a questão essencial para a construção de uma política alternativa patriótica e de esquerda. É, mesmo, um elemento estratégico para as transformações progressistas em qualquer fase ou etapa do processo revolucionário. A luta de resistência, que actualmente se trava nas empresas e locais de trabalho, tem em si o germe de avanços futuros. Nesta luta, os comunistas têm um papel essencial.

No distrito de Leiria, o PCP está a distribuir o boletim do sector regional de empresas, que realça a luta travada num largo conjunto de empresas e sectores. Na Gallovidro, por exemplo, os trabalhadores travaram, nos últimos meses, uma luta contra os objectivos da administração em destruir o Acordo Colectivo de Trabalho e impor a perda de direitos, salários e remunerações. Esta luta, afirma o PCP, foi travada contra a política do Governo, a chantagem constante da administração e a «vergonhosa actuação» do sindicato da UGT. Ainda assim, os trabalhadores resistiram e lutaram, obrigando a empresa a ceder e a aumentar-lhes os salários.

Já nos Estaleiros Navais de Peniche, os trabalhadores fizeram greve de uma tarde, em Julho, conseguindo que a administração lhes pagasse parte dos salários. Também na KLC, os trabalhadores alcançaram alguns dos seus objectivos, como o aumento do subsidio de turno de 30 para 35 por cento e o aumento para 50 por cento do valor pago em dias de feriado e ao domingo.

O Sector Corticeiro de Santa Maria da Feira do PCP, num comunicado de 6 de Agosto dirigido aos trabalhadores da Corticeira Amorim, salienta o aumento de 11,3 por cento nos lucros da empresa no primeiro semestre do ano, comparativamente com igual período do ano passado. Ou seja, mais 18,4 milhões de euros.

Não sendo nova, esta situação torna-se num «verdadeiro escândalo» sabendo-se da exploração que grassa na empresa, garante o PCP. De facto, o Grupo Amorim tem levado a cabo despedimentos colectivos, ainda que disfarçados de «rescisões por mútuo acordo», ao mesmo tempo em que se mantém a discriminação salarial das mulheres. A administração pretende, agora, alterar os horários recorrendo a trabalhadores contratados ao mês, o que é uma total ilegalidade, «já que se pretende preencher necessidades de laboração permanente por trabalhadores temporários».

O caminho para travar este e outros expedientes do Grupo Amorim e para pôr fim à exploração é o de sempre, garante o PCP: a unidade, a resistência e a luta.

 



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