Draghi admite riscos para a economia
O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, admitiu, dia 7, que a recuperação económica continua «débil, frágil e desigual». Além disso, advertiu para os riscos geopolíticos, considerando o conflito na Ucrânia como a principal ameaça à economia da zona euro.
O responsável reconheceu que, nos últimos meses, o impulso do crescimento desacelerou, nomeadamente na Alemanha e na Itália, seu país de origem.
Draghi referiu ainda que as taxas de juro historicamente baixas do BCE vão manter-se por «um largo período de tempo, tendo em vista as actuais perspectivas da inflação».
Com efeito, o espectro da deflação continua a pairar sobre a zona euro, onde o índice de preços em Junho evoluiu apenas 0,4 por cento, muito longe do objectivo de referência de dois por cento.
O banqueiro italiano considerou que as operações de refinanciamento a longo prazo, previstas pelo BCE para Setembro, deverão estimular a concessão de crédito à economia.
O BCE calcula que estes financiamentos irão situar-se entre os 450 mil milhões e os 850 mil milhões de euros, pretendendo em paralelo reactivar o programa de compras de pacotes de empréstimos às pequenas e médias empresas.