A população do distrito de Évora travou, no dia 12, várias batalhas, nos diferentes concelhos, em defesa dos serviços públicos. Ao todo, mais de 600 pessoas participaram nestas acções descentralizadas promovidas pelas comissões de utentes locais, com o apoio das autarquias, em defesa da Escola Pública, dos tribunais, das finanças, da Saúde e dos demais serviços que o Governo pretende extinguir.
Em Montemor-o-Novo, uma centena de pessoas, sobretudo pais, alunos e autarcas, concentrou-se em frente à sede do agrupamento, em defesa das cinco escolas que o Governo pretende encerrar no concelho. Iniciativa semelhante aconteceu em Arraiolos, na Praça do Município, onde quatro escolas estão ameaçadas de encerramento.
Em Vendas Novas, uma delegação do Movimento de Cidadãos Independentes em Defesa dos Serviços Públicos entregou manifestos em defesa do Serviço Público na Repartição de Finanças, no Agrupamento de Escolas e no Centro de Saúde; em Portel, mais de 100 pessoas juntaram-se contra o encerramento das escolas, do Tribunal, das Finanças e dos serviços da Segurança Social.
Em Orada e na Nora, concelho de Borba, mais de 60 pessoas participaram numa acção contra o encerramento das escolas, e no Alandroal estiveram mais de 50 pessoas em protesto contra o encerramento das Finanças e de outros serviços públicos.
Entretanto, em todo o distrito de Évora, estão a decorrer vários abaixo-assinados contra o encerramento de três dezenas de escolas do 1.º ciclo, do Tribunal de Portel, de Arraiolos, ao mesmo tempo que se pretende retirar competências a outros, e de 11 repartições de Finanças.
«Também a Portaria 82/2014, relativa à Reorganização da Rede Hospitalar, trará consequências negativas para a nossa população, uma vez que está em curso a desqualificação de serviços de Saúde», adverte o Movimento de Utentes do Distrito de Évora, lembrando que o Governo «mantém o corte das credenciais aos doentes não urgentes, medida que já vinha do anterior governo PS e que tem tido consequências gravíssimas para a população alentejana». Em nota de imprensa, o Movimento apela ainda às populações do distrito de Évora para que participem, no dia 21, em Lisboa, no Dia de Luta Nacional marcado pela CGTP-IN.