O Governo respondeu à questão colocada no início de Abril pelos deputados do PCP João Ramos e Carla Cruz relativa à situação do preso político saarauí Omar Daoudi, que se encontrava então há várias semanas em greve de fome nas prisões marroquinas. O Governo, através do ministro dos Negócios Estrangeiros, garantiu estar a «seguir» a situação dos direitos humanos em Marrocos e no Saara Ocidental e apoiar o «trabalho que tem vindo a ser efectuado» no quadro do Plano de Acção União Europeia-Marrocos e que visa «apoiar as reformas em curso em Marrocos neste domínio». Quais são estas «reformas» o Governo português não disse, assim como não respondeu à segunda pergunta colocada pelos deputados comunistas, que pretendiam saber se tinha já tomado ou tencionava tomar alguma diligência junto das autoridades marroquinas no sentido de fazer com que sejam cumpridas as convenções e tratados assinados pelo Reino de Marrocos. O silêncio, ensurdecedor, é também revelador.