Saúde pública em risco
Miguel Viegas, candidato da CDU ao Parlamento Europeu (PE), e Paula Baptista, deputada do PCP na Assembleia da República, acompanhados de diversos activistas, visitaram, no dia 22 de Abril, o concelho de Santa Maria da Feira para tomar conhecimento de um conjunto de problemas que afectam a qualidade de vida daquela população.
A primeira questão abordada foi a da empresa LUNIK, do sector do calçado, que ameaça neste momento várias dezenas de trabalhadores com um despedimento colectivo. Este cenário contrasta com o discurso do Governo que pretende convencer os portugueses de que a crise acabou, pelo que a deputada Paula Baptista prometeu confrontar o Executivo PSD/CDS com esta questão.
Numa ronda por diversas freguesias, a comitiva da CDU abordou igualmente a questão das pedreiras abandonadas sem que tenham sido seladas conforme está previsto na lei. Desta forma, quer a pedreira de Aires, em São João de Ver, quer a pedreira da Pena, em pleno centro de Santa Maria da Feira, representam dois exemplos desta situação escandalosa que se arrasta há anos, apesar das várias diligências da CDU.
Para além do perigo que representam, como em casos já ocorridos de afogamento, as pedreiras levantam problemas de saúde pública decorrentes do facto de ninguém saber ao certo o que está depositado sob a água.
«A situação da pedreira da Pena é ainda mais escandalosa pelo facto de se encontrar em pleno centro urbano, perto de escolas, grandes superfícies e outros equipamentos desportivos e culturais. Foram ainda descritos casos de leptospirose associados à existência de populações de ratos que encontram ali condições óptimas de desenvolvimento», denuncia a CDU, anunciando a preparação de um projecto de resolução, por parte do PCP, abordando esta questão de forma global e exigindo um processo de requalificação de todas as pedreiras abandonadas, para que se acabe com este «cancro» que prejudica a qualidade de vida das populações.
Ainda durante a tarde, os activistas da CDU visitaram a ETAR de Remolha, cujo funcionamento está na origem de várias queixas dos habitantes que denunciam maus cheiros e lançamento de efluentes não tratados nas vias de água.