Edward Snowden, ex-funcionário da agência de segurança norte-americana NSA, disse ao Conselho da Europa, esta terça-feira, que a organização espiou defensores dos direitos humanos, citando como exemplo a Amnistia Internacional e o Observatório dos Direitos Humanos.

«Os direitos humanos só podem ser protegidos se for assegurado que as leis são claramente redigidas e que os termos usados não são interpretados segundo as conveniências de qualquer órgão judicial ou agência de informações secretas, sem que o público esteja a par e dê o seu consentimento», afirmou Snowden, citado pela Euronews, numa audição por teleconferência em directo, a partir de Moscovo, onde se encontra exilado. O antigo funcionário da NSA fez notar que os «EUA passam a vida a dizer que querem proteger os direitos humanos e as pessoas que os defendem», o que não é compatível com a existência de «um programa especial para espiar a Amnistia Internacional ou a Unicef».

Os EUA consideram Snowden um traidor e querem julgá-lo.