Coreia
A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) responsabiliza a Coreia do Sul e os EUA pelo agravamento da tensão na península. Em notas oficiais divulgadas desde meados da semana passada pela agência estatal, a Coreia do Norte acusou a presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, de não cumprir o pacto de não agressão verbal acordado entre as partes há cerca de um mês, e o homólogo norte-americano de «justificar abertamente os exercícios conjuntos em curso, revelando, ainda, uma provocadora intenção de os reforçar».
As críticas de Pyongyang referem-se às declarações proferidas por Barack Obama após o encontro com os chefes de Estado da Coreia do Sul e Japão, ocorrido à margem da Cimeira Nuclear, realizada na Holanda.
Reagindo a esta iniciativa, a RPDC testou também vários mísseis balísticos de médio alcance, o que mereceu a condenação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o qual não ficou, porém, sem resposta de Pyongyang, que considerou ser «inaceitável que o CS da ONU condene os nossos testes defensivos (...) ignorando os exercícios de guerra nuclear conduzidos pelos Estados Unidos e que provocaram as nossas acções».
Da mesma forma, não ficou sem resposta o Conselho dos Direitos Humanos da ONU depois de aprovar, sexta-feira, 28, um relatório onde acusa o regime norte-coreano de violações graves e sistemáticas dos direitos humanos e apela a que os autores e responsáveis sejam julgados pelo Tribunal Penal Internacional. Para o governo de Kim Jong-un, o texto revela a «política perversa e hostil» engendrada pelos EUA.