Dois milhões em risco de pobreza
Segundo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (EU-SILC) do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgado na segunda-feira, 24, o universo de cidadãos em risco de pobreza poderia aumentar para quase 50 por cento caso não existissem prestações sociais.
Os números seriam também superiores se o rendimento mediano não tivesse caído no período, fazendo baixar limiar da pobreza de 416 euros em 2011 para 409 euros em 2012, por adulto.
O INE regista que o rendimento monetário líquido dos dez por cento da população com maiores recursos era quase 11 vezes superior ao dos dez por cento da população com menores recursos.
Ao mesmo tempo, a pobreza extrema, descrita como «situação de privação material severa», passou de 8,6 por cento em 2012 para 10,9 por cento no ano passado.
Por seu turno, em 2013, viviam em situação de privação material 25,5 por cento dos portugueses (21,8 por cento em 2012), ou seja, sem meios para satisfazer três de nove necessidades consideradas básicas.