Com os votos contra do PS e do PSD e as abstenções do CDS e do PPM, foi rejeitada na Assembleia Legislativa Regional a proposta do PCP que visava o aumento do salário mínimo nos Açores. Antes da votação, o deputado comunista Aníbal Pires lembrava que a recusa em aumentar o acréscimo regional ao salário mínimo se tem baseado numa ideia errada: a de que este aumento teria efeitos «destruidores» sobre o emprego. «Nada mais falso», sublinhou Aníbal Pires, lembrando que em três anos «a taxa de desemprego na nossa região saltou de uns significativos 11,5 por cento em 2011 para os dramáticos 17 por cento em 2013». Ou seja, clarificou o deputado comunista, a política da contenção salarial e de redução dos custos do trabalho «em nada conseguiu favorecer a criação de empregos. Nem aqui, nem na República». Para o PCP, «é tempo de assumir que este não é o caminho» e empreender uma política diferente, que passe pela valorização dos salários, em particular do salário mínimo.