O tesoureiro da União Cristã-Democrata (CDU), o partido da chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou, dia 6, que renunciará ao seu cargo no próximo congresso marcado para Abril, na sequência de um escândalo fiscal revelado dias antes pelo semanário Stern.

A revista acusou Helmut Linssen de ter depositado, entre 1997 e 2004, vários montantes num banco luxemburguês em nome de uma empresa fictícia, inicialmente com sede nas Bahamas e depois no Panamá.

O crime chegou ao conhecimento das autoridades através de um CD comprado pelo estado federado da Renânia Vestafália, com informações confidenciais de contas secretas em paraísos fiscais.

Linssen foi investigado em 2012, mas não foi constituído arguido porque o crime havia prescrito. Assim, apenas teve de liquidar os impostos pelos juros auferidos entre 2001 e 2005.

Nas últimas semanas a imprensa tem revelado uma longa lista de fraudes fiscais que envolvem várias figuras públicas da Alemanha. Na mesma semana, dia 3, demitiu-se o secretário de Estado da Cultura de Berlim, o social-democrata André Schmitz, após a revelação de que é detentor de uma conta na Suíça de cerca de meio milhão de euros.