Swap
Há ainda 34 contratos swap, em seis empresas públicas de transportes, e as suas perdas potenciais são superiores a 1429 milhões de euros. Reagindo na semana passada à onda de notícias sobre o aumento do endividamento das transportadoras do sector empresarial do Estado, a Fectrans/CGTP-IN voltou a lembrar que este problema grave é resultado de desorçamentação, subfinanciamento e serviço da dívida. A federação sublinha – num folheto em que apela à participação no «dia nacional de luta» – que os salários dos trabalhadores e os custos dos utentes não podem ser responsabilizados pelo aumento do endividamento, superior a 1086 milhões de euros no primeiro semestre de 2013. Neste período, a CP, a Refer, a Metro do Porto, o Metropolitano de Lisboa, a Carris e a STCP somaram menos de 188 milhões de euros em encargos com pessoal. O Governo transferiu para a banca, nesses seis meses, 863 milhões de euros em «swaps» destas seis empresas, só que «nada pagou, obrigou as empresas públicas a endividarem-se». Em juros, estas e ainda a Transtejo e Soflusa pagaram mais de 1646 milhões de euros, nos anos de 2011 e 2012, enquanto os salários custaram menos de 557 milhões.