Com este novo instrumento de trabalho a Câmara Municipal do Seixal quer aumentar em cerca de 47 por cento das áreas destinadas às actividades económicas. «Actualmente estão disponíveis 556 hectares, que representam 6,2 por cento do total da área do município, acrescentando, após aprovação do PDM, mais 362 hectares, o que significa que dez por cento da área total do município passará a estar afecta a espaços de actividades económicas», informa, em nota de imprensa, a autarquia, que quer consagrar «uma elevada relevância à criação de novas centralidades e ao desenvolvimento económico deste território».

«O município do Seixal apresenta uma localização geoestratégica na Península de Setúbal e na Área Metropolitana de Lisboa, constituindo um território com elevada potencialidade para a captação de investimento, a fixação de empresas e a instalação de pólos agregadores de dinâmicas de desenvolvimento económico-social», valoriza a Câmara do Seixal, lembrando que o tecido empresarial do concelho, mesmo em momentos de enorme estrangulamento económico-financeiro, «continua a registar interessantes indicadores de dinamismo e sustentabilidade, possuindo forte diversidade de actividades económicas».

«Nos próximos anos, fruto de um trabalho de projecção e planeamento territorial consubstanciado, nomeadamente, na revisão do PDM, o território do Seixal estará dotado de mais vantagens para a dinamização da sua economia e para a valorização do seu capital humano, em defesa da qualificação do nível de vida das populações», promete a autarquia.

Concelho com futuro

Segundo dados dos últimos Censos, a população no município do Seixal ronda os 160 mil habitantes. Em 2011, o número de jovens até aos 24 anos era de cerca de 43 mil indivíduos, que representavam 27,2 por cento do total da população residente. Já o grupo das pessoas com mais de 65 anos constituía quase 16 por cento da população total. No mesmo período, contabilizaram-se cerca de 80 mil alojamentos e, na última década, registou-se um aumento médio anual de cerca de mil alojamentos.

«O município do Seixal tem apresentado um elevado crescimento urbano e uma forte dinâmica urbana que induziram profundas transformações ao nível do uso do solo, sempre acompanhadas de um enorme esforço para dotação de mais e melhores infraestruturas e equipamentos. Efectivamente, as variações ocorridas ao nível do uso do solo, principalmente no que diz respeito ao crescimento dos espaços urbanos, foram acompanhadas de um crescimento do número de fogos e da população residente, fruto do processo de urbanização inerente à própria dinâmica urbana», explica a Câmara Municipal, referindo que «esta dinâmica resulta de fenómenos internos e também externos que interferiram e modificaram as estruturas instaladas e consequentemente a ocupação dos solos».

«A centralidade do município face à Área Metropolitana de Lisboa, a instalação de grandes unidades de produção industrial e o incremento de uma boa rede de equipamentos sociais, educativos, culturais e desportivos constituíram factores essenciais na fixação de população e nas alterações das funções urbanas», salienta a autarquia.

Neste sentido, o modelo territorial que se propõe para os próximos 10 anos permitirá ao município do Seixal estar dotado de espaços urbanos ambientalmente mais eficazes e sustentáveis, prosseguir a sua dinâmica de desenvolvimento económico e social na senda do progresso humano, da defesa das comunidades, do respeito para com o ambiente e na certeza de um contributo forte e estruturante para um País mais próspero, solidário e responsável.